Uma sucessão de erros foi identificado na atuação da polícia no dia da morte do taxista Rodrigo Moreira Neves. Foi o que concluiu a sindicância da Policia Militar concluída nesta terça-feira (18), que investigou o atendimento do Centro Integrado Operacional de Defesa Social (Ciodes). O taxista foi baleado com um tiro na cabeça e outro no peito na madrugada do dia 25 de agosto, após sequestro na Rodovia do Contorno, Serra. Ele morreu nove dias depois do crime.
Segundo reconheceu nesta terça o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Ronaldo Willian, ficou constatado que os atendentes não acionaram o alerta vermelho ao serem acionados pela empresa do GPS instalado no táxi. O que acarretou no atraso da ação policial que poderia ter evitado a morte do taxista. Segundo explicou o secretário de Segurança, Henrique Herkenhoff, por não ter colocado a ocorrência como prioridade, o atendente acabou permitido que outros procedimentos tenham recebido mais atenção do que o sequestro de Rodrigo.
De acordo com o secretário, “o atraso na ação da polícia foi crucial para que o atendimento do Ciodes não obtivesse exito”. A empresa do GPS comunicou ao Ciodes que havia recebido um chamado por meio do ‘botão de pânico’ e que havia a suspeita de sequestro. O procedimento correto, segundo Herkenhoff, seria priorizar o chamado, mesmo sem a confirmação do crime. O que não foi feito, levando a ocorrência esperar por sete minutos, até que fosse tomada a primeira providência.
O segundo erro foi do segundo atendente, que constatou ser um sequestro, enviou viatura ao local, mas ainda não registrou o alerta máximo que a ocorrência merecia. Só um terceiro integrante do Ciodes, identificado como ‘despachante’, reconheceu a gravidade do caso, enviando uma segunda viatura e informado ao 6º Batalhão da PMES – localizado na Serra – que o veículo do taxista estava no municipio serrano. Entranto, quando a viatura conseguiu encontrar o carro, Rodrigo Neves já havia sido baleado e socorrido por uma ambulância.
“A falha do atendente culminou na demora e na falha dos militares. Talvez não tivessemos evitadoo óbito ou a tentativa, mas teríamos êxito na ação”, acrescentou Herkenhoff. Segundo o comandante-geral da PMES os militares envolvidos no chamado responderão procedimento administrativopois há indícios de transgressão da disciplina. As possiveis penas, caso confirmadas as suspeitas são desde advertência simples até a perda da função pública. O resultado dos trabalhos feitos pela Corregedoria da Policia Militar deve ser concluído em 30 dias.
Já os atendentes do call center do Ciodes passarão por novo treinamento. O secretário de Segurança afirmou que a própria Sesp vai avaliar se o erro foi do treinamento preparatório, se foi o não entendimento do protocolo de atendimento, ou, ainda, se desrespeito ao protocolo. “O trabalho do Ciodes segue um protocolo de atendimento. Novos treinamentos debem acontece nas próximas semanas”.
CRONOLOGIA DOS FATOS
1- por volta das 01:33 horas- o taxista acionou o botão do pânico, e a empresa visualizou o chamado na Avenida Saturnino de Brito, em Vitória
2- 01:35 horas – atendente da empresa consegue falar no telefone do taxista, onde constatou que ele estaria rendido
3- 01:46 horas – operador do 1ºBPM recebeu na tela ionformações da ocorrência – sete minutos e 23 segundos após a 1 166 ligação ao Ciodes -, encaminhando a primeira viatura 29 segundo após ser acionado. Neste momento o veículo já tinha cruzado a capital e se encontrava no municipio da Serra
4- Novas informações chegaram ao operador do 1º BPM, que só 40 minutos após encaminhar a primeira viatura policial informouaos demais operadores da OM que enviassem outras viaturas. O veículo foi encontrado as 02:49 minutos pela PMES – uma hora e dois minutos desde o primeiro chamado ao Ciodes
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