01/10/2012

Ales entra para mais uma semana sem quórum para votação de projetos


capixaba politica  Ordinaria 17092012 presidente grande Tonico Ales entra para mais uma semana sem quórum para votação de projetosA ordem do dia na Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales) acumulou mais vinte tópicos na sessão ordinária desta tarde de segunda-feira (01). Na pauta nove votações foram adiadas por falta de quórum e outro onze itens seguiram em discussão. No primeiro momento onze deputados registravam presença em plenário, no final da sessão apenas três permaneciam. O grande expediente reservado para tribuna popular envergonhou os deputados. “Tenho vergonha de chamar um representante da sociedade para falar em uma sessão que caiu por falta de quórum”, disse Dr. Hércules Silveira (PMDB).
Ao todo já são três semanas sem o Legislativo aprovar nenhum Projeto de Lei (PL) ou Projeto de Emenda Constitucional (PEC). Todavia, Dr. Hércules, reforçou a necessidade da criação de uma subsecretaria para pessoas que possuem necessidade especial, assunto tratado também na tribuna popular pelo membro da Associação Capixaba de Pessoas Portadores de Espinha Bífida, Luiz Wildhagen Pinheiro.
“Já fiz uma indicação no governo estadual para a criação de uma subsecretaria para atender os portadores de necessidades especiais. Fica barato, o que fica caro é esperar os casos se agravarem, para depois tratar”, ressaltou Hércules.
Segundo o parlamentar José Esmeraldo (PR), a atuação do Legislativo deixa a desejar nesse período eleitoral. “Temos 13 deputados concorrendo nas eleições municipais. Onde estão os outros deputados?”, questionou o republicano.
No momento da fala de Luiz Wildhagen, apenas três deputados permaneciam na sessão. “Ao invés de cumprir agenda eleitoral, os outros deputados que não são candidatos deveriam estar aqui cumprindo o papel de legislador. É uma vergonha termos esse numero de parlamentares presentes”, declarou Esmeraldo.
Tribuna popular
O grande expediente na Ales foi destinado à discussão de políticas públicas voltadas aos deficientes físicos. Segundo o membro da Associação de Capixaba de Pessoas Portadoras de Espinha Bífida, os programas existentes atualmente na capital capixaba são ineficientes.
Luiz Wildhagen, ponderou os programas existentes, Porta a porta e Mão na roda, “o Porta a porta é o único que funciona, mas mesmo assim não atende a demanda que temos hoje na capital. Já o Mão na roda é pago e para ter direito ao serviço gratuito o deficiente tem que provar que ele é miserável”, relatou.
O representante da Associação propõe aos deputados presentes, que votem a redução do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) estadual para portadores de deficiência física que não podem conduzir veículos automotores. “A redução do imposto para os cadeirantes seria uma oportunidade de poderem se locomover pela cidade”, disse.

Produtores rurais recuperam fontes de água em Baixo Guandu, ES

Participação dos produtores rurais possibilita a recuperação das fontes.
Já foram recuperadas cerca de 90 fontes no total.

Nascentes de água são recuperadas com reflorescimento em Baixo Guandu, na região Centro-Oeste do Espírito Santo. Quem passa pela BR-259, em Colatina, já pode ver a mudança na paisagem. Há quatro anos, o Instituto Terra começou a recuperar a área de mais de 105 mil hectares. "Muitos animais estão voltando para o ambiente, como tamanduá, gambá, macaco, cobras. Isso tudo em função do que a gente está fazendo aqui", explicou Renivaldo de Andrade, que trabalha no reflorestamento.
As propriedades rurais da região também sentiram a necessidade contribuir com o meio ambiente, como é o caso do produtor rural Ernesto Ropke, que mantém uma área de sua fazendo para plantar árvores e preservar uma nascente. "Os gados passavam aqui e pisoteavam tudo. Eu não sei se a água ia acabar, mas quando os animais passavam sujava tudo e a água da nascente sumia toda. A água boa deve ser protegida", contou o produtor rural.
A participação dos produtores rurais está possibilitando a recuperação das fontes. "Com o engajamento deles no processo, o resultado é satisfatório. A água continua correndo e aumenta o volume, dessa forma, esse olha de água forma uma grande fonte de água", afirmou o assistente de educação Marcelino Mendonça de Aquino. Em Colatina e em Baixo Guandu foram recuperadas cerca de 90 fontes no total.
As mudas usados no reflorescimento das áreas de nascente dos municípios vem do Instituto Terra, que tem capacidade de produzir um milhão de mudas de 100 espécies diferentes de plantas por ano. Leia mais<><>

Marcelo Coelho: “Existe esperança na mudança”

A afirmação é do deputado Marcelo Coelho, ao comemorar o resultado da pesquisa Enquet/A Tribuna em que aparece em 1º lugar

Com 64,5% das intenções de voto na disputa pela Prefeitura de Aracruz, segundo os dados da pesquisa Enquet/A Tribuna, o deputado estadual Marcelo Coelho (PDT) afirma que sua liderança se deve à vontade de mudanças políticas na cidade.
“É a esperança na mudança dessa política. Que possamos implantar em Aracruz a política de “P” maiúsculo”, disse Marcelo Coelho. Leia mais<><>

Em 4 anos, abuso contra crianças e adolescentes cresce 750% no ES

Em 2008, foram 55 casos registrados. Já 2011, foram quase 500.
"Número pode ser maior. Muitas pessoas não denunciam", diz delegado.

Por Bruno Faustino
Em 2008, foram registrados 55 casos. Já, em 2011, as ocorrências chegaram a 470. "É um crime bárbaro. Diariamente recebemos denúncias de crianças vítimas de abuso sexual. Essas crianças têm a infância marcada pela violência", diz o delegado Marcelo Nolasco, responsável pela investigação de casos de abuso no estado. Leia mais <><>

'Estragou minha vida', diz suspeito do assassinato de dançarina no ES

Alini foi morta a pedido de parceiros que queriam seu lugar em banda.
Suspeitos estão presos e, para polícia, caso está encerrado.

Estragou a minha vida. Usaram da minha boa fé e do meu amor”, afirma o caminhoneiro Deivid Correa, de 26 anos, que matou com dois tiros nas costas a dançarina Alini Gama, de 21 anos. Segundo a polícia, a morte foi um pedido da namorada Adayane Matias e do dançarino Juliermeson Bastos, ambos com 20 anos. Eles queriam o lugar da vítima em uma banda de forró. O crime foi, de acordo com o suspeito, uma prova de amor. No dia 21 de setembro, em Cariacica, Espírito Santo, Alini foi assassinada no estacionamento de uma pousada. Leia mais<><>

Última semana de campanha intensa na reta final da eleição


Para a última semana antes do pleito, eles prometem aumentar o corpo a corpo atrás dos indecisos e treinarem para os debates


Ednalva Andrade | Rondinelli Tomazelli
Apostando as fichas em vitória no 1º turno ou lutando por uma vaga no 2º turno, os candidatos as quatro prefeituras da Grande Vitória intensificaram a campanha nas ruas ontem. Para a última semana antes do pleito, eles prometem aumentar o corpo a corpo atrás dos indecisos e treinarem para os debates.

Na Capital, os três candidatos que aparecem melhor nas pesquisas, Luiz Paulo Vellozo Lucas (PSDB), Luciano Rezende (PPS) e Iriny Lopes (PT), disputaram espaço na Praia de Camburi ontem pela manhã.

Para a última semana, Luiz Paulo pretende intensificar sua preparação para os debates e diz que "não mudará a estratégia", apesar de as pesquisas apontarem 2º turno. "É óbvio que prefiro ganhar no 1º, mas isso é indiferente", afirma.

Luciano vai reforçar as caminhadas e o "gesto da mudança", do seu jingle. Já Iriny, que alega que "a cidade não comporta carreatas", vai intensificar "contato com o eleitor, corpo a corpo", ir a bairros que ainda não foi e voltar a outros para tentar chegar ao 2º turno.

Vila Velha
Embolados nas pesquisas eleitorais, os candidatos a prefeito de Vila Velha Neucimar Fraga (PR), que tenta a reeleição, Max Filho (PSDB) e Rodney Miranda (DEM) tornaram a orla de Vila Velha um ponto de concentração da campanha, na manhã de ontem.

Neucimar, que fez carreata por vários bairros ontem, disse que vai focar nas caminhadas, pois "nas ruas o sentimento é de ganhar no 1º turno". "Quero ganhar para poder trabalhar pela cidade", diz.

Além de intensificar a campanha de rua, Max vai se preparar para debates. "Estamos convocando a militância para a última semana para irmos para o 2º turno em primeiro lugar".

Rodney, que ontem circulou com Paulo Hartung e Ricardo Ferraço (ambos PMDB), afirma que continuará "com pé no chão", reforçando agendas de rua em busca do 2º turno. "Depois vamos à vitória, no 2º turno".

Serra e Cariacica


Na Serra, Audifax Barcelos (PSB) e Sérgio Vidigal (PDT) reforçam caminhadas por áreas onde têm menor capilaridade e grandes colégios eleitorais.

Audifax deve mirar no adversário, mas sem "crítica pessoal", com "avaliação da gestão". A estratégia de Vidigal é focar em campanha de rua, não responder a ataques e destacar realizações. Já o professor Renato Almeida (PSOL) promete intensificar as caminhadas.

Em Cariacica, os três primeiros colocados nas pesquisas, Marcelo Santos (PMDB), Lúcia Dornellas (PT) e Juninho (PPS), prometem uma última semana quente. Marcelo, líder das pesquisas, vai visitar bairros onde precisa melhorar índices e reforçar mídias sociais. "Quero vencer no 1º turno", diz.

A petista quer ir para o 2º turno para trazer Lula (PT). "Como não tem programa de TV, o jeito é gastar muita sola de sapato", frisa. Já Juninho, quer "dialogar com todos segmentos" e vai circular com voluntários para tentar chegar ao 2º turno.
Fonte: A Gazeta

Polícia impede fuga de garotas para São Paulo


Jovens, de 17 e 20 anos, já estavam dentro de coletivo, na Rodoviária de Vila Velha

Stéphanie Correia, 20 anos, cobriu a cabeça ao
chegar ao DPJ de Vila Velha
Chegou ao fim, na tarde deste domingo, na Rodoviária de Vila Velha, o mistério sobre o desaparecimento de duas jovens moradoras da Serra. Às 16h, a estudante Gabriely Rangel Nascimento, 17 anos, e a intérprete da Língua Brasileira de Sinais (Libras) Stéphanie Correia, 20, foram retiradas, por policiais da Delegacia Antissequestro (DAS), de um ônibus que seguiria para São Paulo. 

As duas foram levadas para o Departamento de Polícia Judiciária (DPJ) de Vila Velha, onde prestaram depoimento até a noite. Lá, Gabriely disse que tinha medo da reação da família, por isso preferiu fugir para viver com Stéphanie. 

As jovens estavam num coletivo da Viação Itapemirim, na Rodoviária de Vila Velha. Stéphanie – que era loira – estava com o cabelo escuro e mais curto. Ela desceu do ônibus com a cabeça coberta pelo gorro do casaco. No trajeto da plataforma até a viatura, ainda dentro da rodoviária, a intérprete de Libras foi agredida por parentes da estudante. 

O drama da busca por notícias das jovens começou na noite de sexta-feira, quando Gabriely não retornou para casa, em Nova Almeida, Serra, após a aula. Na mesma noite, parentes de Stéphanie descobriram que ela não havia ido trabalhar e estava sem fazer contato com a família, que vive no bairro Serra Dourada, ainda na Serra.

A falta de notícia das jovens mobilizou, desde sábado, homens das polícias Civil e Militar, conselheiros tutelares, além de amigos, parentes, que chegaram a percorrer hospitais, Departamento Médico Legal (DML), motéis e outros estabelecimentos. 

No sábado pela manhã, a mãe da estudante, Suziany Rangel, 40, divulgou para a imprensa imagens das garotas. Ontem à tarde, a polícia descobriu que as jovens haviam comprado duas passagens com destino a São Paulo. 

Os plantonistas do Conselho Tutelar foram acionados para avisar aos parentes das duas, e, a partir daí, foram montadas campanas nas rodoviárias de Vitória e Vila Velha, onde parentes de ambas se dividiram.

Após os depoimentos, Stéphanie foi autuada no Artigo 248 do Código Penal, por indução a fuga de incapaz e pode ser condenada a pena de até um ano de reclusão ou multa. Ela vai responder em liberdade. 

DECLARAÇÕES DE PARENTES
"Não aceito (o relacionamento). A Bíblia e a sociedade condenam isso. Vamos contratar um bom profissional para tratar, mudar o quadro" - Suziany Rangel - mãe de Gabriely 
"Stéphanie não é a única culpada disso tudo. Há um ano e três meses elas namoram e estão, inclusive, noivas, com direito  a madrinha" - Andreza Alves André - Tia de Stéphanie
"Descobrimos o caso entre as duas há quatro meses. Fizemos pressão, e Stéphanie disse que terminaram. Mas, pelo visto, isso não aconteceu" - X, 28 anos, irmão de Stéphanie
"Minha filha ganhava presentes de Stéphanie. Ela estava comprando minha filha, mudou a cabeça da Gabriely, que tinha até um namoradinho" - Fábio Nascimento, pai de Gabriely

União de famílias dá lugar a discussões e até a tumulto
Pai de gabriely foi contido durante confusão 
com parentes da professora
Nos primeiros dias, as famílias de Gabriely e de Stéphanie uniram forças para facilitar as buscas por notícias das jovens. Ontem à tarde, no entanto, o clima entre elas já não era o mesmo. Quando estavam de campana na Rodoviária de Vitória, o pai da estudante, 38 anos, exaltou-se ao referir-se à instrutora de Libras. Parentes de Stéphanie reagiram ao ouvir os insultos. Os envolvidos na confusão foram contidos. A PM foi acionada, mas ninguém foi detido.
"Stéphanie acha que é namorada da minha filha. Ela é uma diaba! Há dois anos que essa mulher está atrás da minha filha", dizia o pai da estudante.
O coletivo em que as meninas foram encontradas saiu da Rodoviária de Vitória às 15h35 e seguiu direto para Vila Velha, onde elas embarcaram. 
O conselheiro tutelar Lindeir Costa explicou que eles foram informados de que as duas embarcariam para São Paulo entre as 14h e as 16h de domingo. 
"Não podemos revelar de que forma alcançamos essa informação. Mas, assim que a tivemos, falamos com as famílias – que ajudariam na identificação das duas – e nos dividimos nas rodoviárias". Em depoimento, Gabriely disse que tinha medo da reação da família. Por isso preferiu fugir para viver com a namorada. 
Fonte: A Gazeta

Viciados em crack e traficantes de drogas dominam o Centro de Vitória


Há cerca de dois anos, a região - que há décadas é marcada pela presença de pontos de prostituição - é dominada, também, por traficantes e usuários de crack, além de muitos moradores de rua

Usuários consomem a droga em calçadas,
escadarias, hotéis e imóveis abandonados

Violência
14 de maio 
Uma garota de programa identificada  apenas

 como Daiane foi executada com  um tiro na
cabeça, na Rua General Osório.  A vítima, que
 também levou um tiro na mão esquerda, seria
usuária de drogas. O autor dos disparos não foi
identificado. 

12 de maio 
O morador de rua identificado como Odair dos

Santos Gomes, 25 anos, foi assassinado a
facadas dentro de um prédio abandonado, na
Rua General Osório. O local do homicídio foi o
antigo prédio do INSS 

31 de março 
No Parque Moscoso, uma mulher não

identificada foi morta. Ela chegou a ser socorrida
para o Hospital São Lucas, mas morreu no dia
seguinte. Teve cinco perfurações nas costas,
uma na perna direita e outra na mama direita 

7 de março 
O segurança Jhon Alves de Jesus, 26 anos, foi

assassinado a tiros quando estava em um bar do
Parque Moscoso. Ele teria mexido com a
namorada de Dayane Pinto de Souza, 24, autora
confessa do homicídio, que acabou presa cerca
de um mês depois do crime
O medo e a insegurança fazem parte da rotina de moradores e comerciantes da Rua General Osório, no Centro de Vitória. Há cerca de dois anos, a região – que há décadas é marcada pela presença de pontos de prostituição – é dominada, também, por traficantes e usuários de crack, além de muitos moradores de rua. 
Quem passa por ali é obrigado a conviver diariamente com pessoas que vendem e consomem crack na rua. E também lida com o aumento da violência gerada por essa movimentação. Desde janeiro, pelo menos quatro assassinatos foram registrados na General Osório e ruas próximas. Entre as vítimas estão dois moradores de rua e uma garota de programa.
De acordo com moradores da região, hotéis, pensões e prédios abandonados tornaram a área um atrativo para quem busca explorar a prostituição e para vender ou consumir a droga. O prédio abandonado do INSS é um desses locais que viraram abrigo de viciados e traficantes. 

Socorro
"A comunidade já pediu ajuda à prefeitura e ao Ministério Público. Os comerciantes estão temerosos, porque já ocorrem arrombamentos e assaltos. Depois que anoitece, a região é terra de ninguém. Moradores têm medo de passar pela rua, porque o tráfico e o consumo são escancarados", revela Jorge Roberto Bernadino, coordenador-geral da Associação de Moradores do Parque Moscoso.

Durante o dia, a venda e o uso de crack ocorrem de forma mais discreta, em imóveis. Mas, à noite, a movimentação de usuários e traficantes ocorre em calçadas, escadarias e marquises. A reportagem de A GAZETA foi ao local e não teve dificuldades para flagrar dezenas de viciados acendendo cachimbos e fumando pedras de crack. Chama a atenção o grande número de garotas de programa de aparência esquelética, evidência do vício.

"O problema aumentou depois de reprimida a movimentação nas cracolândias localizadas nas proximidades da Praça Costa Pereira e da Ilha do Príncipe. Com isso, usuários e traficantes vieram para a General Osório. Dizer que me sinto intimidado é pouco. Nós temos medo de denunciá-los. Somos reféns deles", confessa um morador que, temendo represálias, preferiu o anonimato. 

Prejuízo
A transformação da General Osório em "cracolândia" fez cair o movimento do comércio e afasta moradores. "Só no prédio onde moro, há cinco apartamentos à venda. Muita gente está deixando esta área", conta outro morador.

A revolta da população 
"Depois que anoitece, a região é terra de ninguém. Moradores têm medo de passar pela rua, porque o tráfico e o consumo são escancarados. Somos reféns deles" - Morador da General Osório
"Essas mortes são resultado do envolvimento dessas pessoas com o tráfico. Além da disputa por pontos de venda, também há mortes por dívidas de drogas" - Morador da região
"A PM faz abordagens e prende algumas pessoas, mas logo elas estão de volta às ruas. Não são enquadradas como traficantes, mas sim como usuárias de drogas" - Comerciante da mesma rua

PM: sozinha, repressão não resolve problema 
A Polícia Militar realiza o policiamento na região e também faz operações para inibir o tráfico e uso de drogas na Rua General Osório. Mas, segundo o comandante da 1ª Companhia do 1º Batalhão da Polícia Militar, capitão Rezende, só a ação da PM não é o bastante para resolver o problema. 

"Se houvesse mais controle desses hotéis e prostíbulos, que funcionam de forma irregular, servindo de abrigo para usuários de drogas, o tráfico e o consumo na área seria menor. Hoje, esses locais dificultam a ação da polícia na região", explica o comandante. 

Apesar dos constantes flagrantes de pessoas com drogas na região, a Polícia Militar reconhece que nem todos saem de vez das ruas. "A estratégia do traficante é ficar com pequenas quantidades de drogas porque, quando são abordados, alegam que são usuários", justifica o comandante. 

Outra estratégia do poder público presente na área é a abordagem social. No entanto, a maioria dos moradores de rua, viciados em crack, não aceita ajuda. "O usuário de drogas é o que mais resiste. O trabalho de convencimento leva tempo, e, às vezes, a pessoa quer sair da rua mas o vício fala mais alto", explica Cristiano de Araújo, coordenador dos serviços especializados em abordagens sociais da Prefeitura de Vitória.

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