26/09/2012

Primeira união civil homoafetiva do ES é realizada em Colatina


Casamento foi realizado na tarde desta quarta-feira (26).
União das jovens foi autorizada pelo Tribunal de Justiça do Estado (TJ-ES).
O primeiro casamento civil homoafetivo do Espírito Santo foi realizado na tarde desta quarta-feira (26), em Colatina, na região Centro-Oeste do estado. Na presença de parentes e amigos, as noivas Ediana Calixto, de 23 anos, e Kamila Roccon, de 20 anos, trocaram alianças. A união foi autorizada pelo Tribunal de Justiça Estadual (TJES)no dia 20 de setembro, após ser suspensa por que o Ministério Público do Espírito Santo (MP-ES) recorreu da decisão ao entender que o registro da união não competia a Vara da Fazenda Pública, mas, sim, a Vara da Família.
O juiz Salomão Akhnaton Zoroastro Spencer Elesbon, da 1ª Vara da Família de Colatina, foi quem autorizou o casamento entre as jovens. A celebração da cerimônia civil e expedição da certidão de casamento homoafetivo serão feitas pelo Cartório de Registro Civil de Colatina, ainda sem data definida. “Os enlaces familiares de qualquer espécie, desde que pautados na afetividade, estabilidade e ostensividade, estão sob as regras do Direito de Família. Sendo assim, onde houver afeto entre duas pessoas, respeito, solidariedade, comunhão de vida, ética familiar, ostensividade e intenção de constituir família, haverá uma união familiar tutelada pelo direito”, defendeu Salomão Akhnaton.
Preconceito
Por não ser uma união entre um homem e uma mulher, a jovem disse que ela e a companheira enfrentam muitos preconceitos, principalmente da própria família. Durante o tempo em que o casamento ficou suspenso pela Justiça, as namoradas fingiram estar separadas.

“Era muita cobrança, principalmente para Kamila. Os pais dela não querem que fiquemos juntas. Quando o casamento foi barrado pela Justiça, eles disseram para ela esquecer a história, esquecer da gente. Durante umas três semanas, fingimos que estávamos brigadas, que tínhamos terminado tudo. Certa vez, a gente estava no quarto e a tia dela chegou do nada, eu precisei pular a janela e me esconder”, contou Ediana em entrevista no dia 20 de setembro. 
Diferença entre união estável e casamento civil
Há pouco mais de um ano, no dia 10 de setembro de 2011, aconteceu a primeira união homoafetiva no Espírito Santo e envolveu um policial militar. De acordo com o TJ-ES, no caso das meninas, se trata de um casamento civil diferente da união estável.

De acordo com a juíza Janete Pantaleão, a união estável acontece independente dos sexos, mas para garantir benefícios como plano de saúde e registro de filhos é necessário recorrer à Justiça. “Já o casamento civil é um documento oficial que garante todos os direitos perante a sociedade”, explicou Pantaleão.
Chá de panela de Ediana e Kamila aconteceu em agosto, no Espírito Santo. (Foto: Arquivo Pessoal / Ediana Calixto)



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Morte da dançarina no ES foi motivada por atualização em rede social


Suspeito diz que atualização em rede social levou a crime, no ES
Dançarina também trabalhava como modelo
fotográfica no Espírito Santo (Foto: Arquivo familiar)
Dançarina foi morta na última sexta-feira (21), em Cariacica.
Homem está detido no Centro de Triagem de Viana, na Grande Vitória.

Em novo depoimento na Delegacia de Homicídios e Proteção à Mulher (DHPM), em Vitória, nesta terça-feira (25), o caminhoneiro David Correia, que confessou ter matado a tiros a dançarina Alini Gama, disse que resolveu procurar a vítima quando leu na página de uma rede social de Alini que ela havia começado a trabalhar como dançarina da banda de forró na vaga almejada pela namorada do criminoso, segundo a Polícia Civil. Além disso, ele novamente confirmou que agiu sozinho e que a namorada não tinha conhecimento sobre a situação. A jovem foi morta em Cariacica, na região Metropolitana do Espírito Santo, na última sexta-feira (21). O suspeito está preso no Centro de Triagem de Viana, na mesma região.

David disse que achou um abuso Alini ter declarado na rede social que havia conseguido o emprego, sendo que nada estava confirmado ainda, de acordo com o suspeito. Mesmo assim, ele alegou não ter procurado a vítima com a intenção de matá-la, mas apenas para dar um susto.

"É tipo um abuso. Era tudo um teste para todo mundo. Fiquei meio revoltado perante a situação. Mas eu não queria matar. Só queria assustar. Falei para ela desistir da viagem e ela riu da minha cara. Vou pagar pelo meu erro, porque eu estraguei a minha vida, a vida dessa moça", declarou. David ainda disse que a namorada, Adayane Matias, não sabia do ocorrido e nem da declaração de Alini na internet, mas confirmou que ela estava ansiosa pelo resultado da seleção e que não conseguia nem comer direito.
No final desta tarde, o rapaz que dançou com Adayane Matias na banda de forró também prestou depoimento. "Na sexta-feira, eles ligaram falando que não era possível e que iriam fazer testes com outros dançarinos. Se fosse o caso de eles nos chamarem novamente, eles fariam o contato", disse.

A polícia vai ouvir integrantes da banda, com depoimentos do vocalista e do empresário marcados para esta quarta-feira (26). "O depoimento de amanhã é que vai dar uma diretriz de quem tinha, realmente, autonomia para contratar. Se essa pessoa que tinha autonomia, que talvez seja o dono da banda, já havia descartado a possibilidade e se alguém, de forma indevida, alimentou essa esperança nela e acabou criando essa animosidade, que fez com que ele cometesse esse crime", explicou.

Alini Gama foi morta a tiros na sexta-feira (21), em Cariacica. (Foto: Reprodução/TV Gazeta)

O crime
De acordo com a polícia, Alini foi morta em uma emboscada, por volta das 9h de sexta-feira, no pátio de um hotel em Campo Grande Segundo testemunhas, a dançarina havia saído de casa para tratar de um contrato de trabalho. Um dias antes, ela foi procurada por telefone, por um homem que dizia querer contratá-la. Ele marcou um encontro com a jovem mas na verdade era uma emboscada para matá-la.
Ainda segundo Adroaldo Lopes, ao chegar no ponto marcado, Alini atendeu uma ligação e quatro minutos depois foi morta. O assassino estava em uma moto e atirou duas vezes contra a jovem, que foi atingida pelas costas. A dançarina foi levada para um hospital particular no mesmo município, mas não resistiu e morreu.

A família
Parentes da dançarina ficaram abalados com a morte da jovem. “Nunca imaginava que minha sobrinha tivesse morrido por um motivo tão banal. Não é possível que perder uma oportunidade de trabalho seja motivo para matar alguém. Se a moça não tinha competência para conseguir o contrato naquele momento, que se levantasse e buscasse a vitória. Minha sobrinha não estava tirando nada de ninguém, estava apenas conquistando o espaço dela”, desabafou a tia, Rosa Gama, de 51 anos.
Polícia pede prisão de namorada de suspeito por morte de dançarina

O delegado Adroaldo Lopes, titular da Delegacia de Homicídios e Proteção à Mulher (DHPM) de Vitória, pediu a prisão da dançarina Adayane Matias e do parceiro de dança dela, Juliemerson Bastos, na tarde desta quarta-feira (26), pelo assassinato da dançarina Alini Gama na última sexta-feira (21). A namorada do caminhoneiro David Correia, já preso após confessar ter executado a dançarina Alini Gama, foi chamada para prestar novo depoimento e, para o delegado, Adayane e Juliemerson ajudaram a planejar o homicídio. 

Adroaldo Lopes explicou que o trio planejou matar Alini para que Adayane ficasse com a vaga dela em uma banda de forró. "O juiz acabou de decretar a prisão da Adayane e do dançarino, amigo dela, que inclusive acabou de ser preso e está sendo encaminhado para a delegacia", explicou o delegado nesta tarde.

Na terça-feira (25), David Correia prestou depoimento e revelou que resolveu procurar a vítima quando leu na página de uma rede social de Alini que ela havia começado a trabalhar como dançarina da banda, na vaga almejada pela namorada.

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