15/09/2012

Para professor Victor Gentilli, falhas dos jornais do Estado prejudicam processo democrático


Rogério Medeiros
Por Renata Oliveira
Professor do curso de Jornalismo da Universidade Federal do Estado (Ufes) desde o início da década de 1980, o professor Victor Gentilli critica a falta de esclarecimento das questões abordadas pelos jornais no Espírito Santo. Em entrevista neste fim de semana, ele aponta as principais falhas dos jornais do Estado e como isso é prejudicial para o processo democrático.

Como exemplo, Gentilli aborda a cobertura da discussão sobre as perdas federais, sobretudo dos royalties. Apesar da cobertura diária da movimentação do governo do Estado para evitar as perdas, a questão não foi esclarecida, explicando para a população o que realmente significa esse recurso, como seriam de fato as reduções.

O mesmo procedimento aconteceu na polêmica discussão sobre o fim do Fundo de Desenvolvimento das Atividades Portuárias (Fundap). O professor fala também sobre o processo de autocensura que os jornais adotaram nos últimos anos, principalmente, a partir do episódio da publicação do artigo do jornalista Fred Brum “Chicago é aqui”, em 1996, que gerou uma condenação ao jornal A Gazeta, o que culminou com a demissão do profissional e uma mudança na postura do veículo.

Outro episódio marcante destacado pelo professor Gentilli é o grampo da A Gazeta, que poderia, na opinião dele, fomentar denúncias a organismos internacionais sobre o monitoramento do trabalho da imprensa, mas que o veículo preferiu não aprofundar as investigações.

O professor também critica a censura ao jornal Século Diário, a repercussão nacional do assunto e a ausência dos demais veículos do Estado nesta questão. A entrevista com Victor Gentilli vai ao ar neste sábado (15).

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