Por Aleandro Coelho
Completando quase 120 dias de paralisação dos professores nas universidades brasileiras, categorias que representam o comando local de greve se reúniram nesta sexta-feira (14) para discutir os novos passos a serem tomados. Segundo informou o
representante do comando dos professores da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), Rafael Vieira, o governo ignorou todas as tentativas de negociações, entendendo que os grevistas queriam acordo salarial. Porém, ele acrescenta, a categoria quer reestruturação de carreira e melhoria na qualidade de ensino nas Instituições de Ensino Superior (IES).
“Estamos muito indignados com a forma que o governo trata a educação no Brasil, estamos preocupados com os alunos, sabemos que o governo não está nem aí para nossas reinvindicações, e lamentavelmente iremos encerrar as greves sem qualquer avanço” desabafa Rafael.
Ele destaca ainda, que o comando nacional representado pelos servidores, veio se reunindo desde 2011, elaborando planos de reestruturação de carreira, que, segundo ele, foi “empurrando o quando pôde”. “O governo veio empurrando, até que resolvemos paralisar nossas atividades em protesto nacional” contou.
Já os policiais federais têm uma nova manifestação agendada para a próxima semana. Cerca de 70% dos Policiais Federias em todo Brasil estão parados desde o dia 07 de agosto, reivindicando estruturação de carreira e reconhecimento das reais retribuições realizadas pelos escrivães e papiloscopistas.
O presidente do Sindicato dos Policiais Federais no Estado do Espírito Santo (SINPEF-ES) Marcus Firme, explica que a classe vai se reunir na segunda-feira (17) para decidir novos rumos das manifestações, segundo ele provavelmente na terça-feira (18) haverá novas passeatas pelas ruas de Vitória e Vila Velha.
Ele explica que todo o serviço de inteligência da Polícia Federal encontra-se paralisado, também estão sendo afetados os serviços de fiscalização de empresas de segurança, bancos, investigações, e também a emitida de passaportes, que, segundo ele, está acontecendo de forma lenta e limitada.
“O governo não está interessado nem um pouco com os policiais federais”, contou Marcus. Ele esclareceu ainda, que o governo vem fazendo sucessivos cortes de verbas, o que vem atrapalhando a atuação da Polícia Federal. “No ano passado foram 266 operações, e 2080 pessoas presas, esse ano foram apenas 70 operações e 320 pessoas presas” explica.
Segundo Marcus, as manifestações que estão para acontecer na próxima semana, serão semelhantes aos dos outros estados brasileiros, “estamos querendo subir o convento da Penha em Vila velha, para tentarmos de alguma forma abrir os olhos do governo”, concluiu.
Bancários param na terça-feira (18)
Os bancários que também vão entrar em greve na próxima semana, irão se reunir na próxima segunda-feira (17), para classe discutir como e onde serão feitas as manifestações, segundo informou o Secretário Geral do Sindicato dos Bancários (Sindbancários), Adelso Pereira Rosa. A decisão foi em resposta á rejeição da proposta apresentada por eles a Federação Nacional de Bancos (Fenaban), que ocorreu na última quarta-feira (12) no Centro Sindical dos Bancários, no Forte São João, em Vitória. A paralisação começa na próxima terça-feira (18).
Via ES Hoje
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